Portugal - um país envelhecido.
Portugal é um país envelhecido. Os jovens vão para o estrangeiro à procura de melhores condições de vida e por cá ficam os idosos, incapazes de renovar gerações e de trabalhar. Estes idosos são os avós da juventude dos dias de hoje. Tomam conta dos netos quando os pais não estão, vão à escola buscar o/a netinho/a depois de um dia de aulas e fazem-lhe o tão esperado lanche da tarde. No fundo são como uns segundos pais. Fazem tudo o que lhes é possível para ver a sua família feliz, mas nem sempre lhes é dado o devido valor. Rapidamente se tornam um estorvo. Deixam de ter direito ao seu espaço na casa em que vivem, ou porque a família é numerosa e a casa é pequena ou porque simplesmente já não há tempo, paciência e condições para cuidar de alguém que precisa de cuidados adicionais devido à idade já avançada. A solução? É simples. No motor de busca facilmente se encontram milhares de lares para idosos espalhados por todo o país. A escolha é por vezes difícil. Por um lado, há famílias que colocam os seus idosos num lar perto da localidade onde moram, pois é mais acessível para as habituais visitas de fim-de-semana. Por outro lado, a crueldade domina, e as famílias para se livrarem da pessoa que consideram um entrave na sua vida, colocam-na num lar situado numa terra bem longe da sua morada, com a desculpa de que os lares mais próximos estavam lotados. As visitas são assim escassas, pois poupar na gasolina é muito mais importante do que (re) ver um sorriso de um ente querido, que passa os dias sentado entre quatro paredes a ver passar o tempo, tendo como única companhia a sua solidão. Cuidar da 3ªidade tornou-se assim tão complicado para as famílias portuguesas ou a sociedade é cada vez mais egoísta? Eu aposto na segunda opção. O comodismo e a vontade de ter menos preocupações levou a população adulta a desprezar os mais velhos. Sim, são idosos, têm certas limitações, mas não deixam de ser pessoas. E como tal têm sentimentos e vontade própria. Mas nada disto é tido em conta por quem os prende nos lares. Os idosos certamente fizeram algo importante no passado, mas os adultos de hoje, perante estas atitudes, pouca importância terão no futuro.
- Ana Rita Oliveira Cunha,nº4, 10º3
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- Pedro Sousa, 10º 2
Os jovens estão cada vez mais víciados, e o pior é que não são bons vícios como ler um bom livro, conviver com os amigos, sair com eles ou, ver um bom filme em casa. Não, para os jovens de hoje é só playstations, videojogos, tudo o que não é bom,mas ainda há vícios piores, como o tabaco, o álcool e, por vezes, até mesmo as drogas.
Os jogos de computadores, playstations, televisões e todas as novas tecnologias só fazem mal à cabeça e à vista, então porque insistem em continuar? Porque não fazem algo mais interessante? Ler um bom livro é um bicho de sete cabeças? Eu não percebo, juro que não percebo! As pessoas mais idosas têm muitos menos problemas oculares com a idade do que os jovens.
Depois, temos ainda o tabaco. As pessoas fumam porquê?
que será que elas sentem ao fumar? será que dá prazer? É que só pode, porque como vejo mais gente no seu canto a fumar o seu cigarro, eu penso que já nem seja o prazer, mas sim a rotina. Ontem fumei um cigarro, então vou fumar hoje e amanhã e depois também, assim os outros vêem e pensam logo olha, aquela
fuma. Que adulta que é! E pronto! Não passa de uma rotina sem lógica, sem sentido.
Depois temos o álcool. Bebe-se porquê? Muitos dizem que é para esquecer os problemas,mas será que é mesmo? Vejo pessoas “podres de bêbedas”, se é que posso utilizar esta expressão. Elas bebem e voltam a beber, é sempre o último copo, mas a verdade é que a seguir ao último vem mais outro e outro e outro. Beber porquê? Se hoje estão bêbedos e, não se lembram dos problemas,
então amanhã, como será? Voltam os problemas, e ainda vem uma dor de cabeça que quase nem se aguentam de pé, faltam à escola, perdem matéria, tem “nega” no teste, ou seja, é só problemas,
na minha opinião não vale a pena beber, mais vale ver um bom filme de terror, com os amigos ou com a família.
Por fim temos o pior vício de todos, que são as drogas, muito pior que o álcool, e talvez até que o tabaco, por muito mal que esta faça. As drogas entram no organismo, só desaparecem por completo ao fim de um mês e meio, mais ou menos, e ainda por cima queimam alguns neurónios. Podem trazer problemas de saúde e trazem também a dependência, ou seja, fica-se completamente viciado. Tem-se dinheiro, compra-se droga. Ela acaba arranja-se mais dinheiro para poder comprar mais droga. Ela volta a acabar e o dinheiro também se acaba, então, rouba-se para se poder comprar o vício, e resumidamente é isto uma rotina sem lógica, sem nexo, que não te traz felicidade, só tristeza, porque perdes o teu dinheiro, o dinheiro dos outros e ainda te afastas das pessoas que mais gostam de ti e que te são mais queridas, por isso para quê tantos
problemas? Apenas para sentires prazer naquela altura? Não vale a pena
estragares a tua vida inteira por causa de um momento em que te sentes bem!
Agora não tão perigoso mas um vício que os muitos portugueses têm, esse vício é o café. Por incrível que pareça eu não vou falar de adultos víciados em cafeína, mas
sim de jovens,de adolescentes, que eu vejo todos os dias de manhã em vários cafés a beberem o seu cafezinho matinal. Conheço até pessoas que deixam de comer para o poderem fazer, um de manhã e depois dão a tal desculpa de que é só para acordar, à tarde voltam a beber café, agora já é porque lhes apetece, à noite bebem de novo e qual é a desculpa desta vez? Ah e tal, é para tirar o sabor do jantar,
então mas para que servem as escovas e pastas de dentes? Para enfeitar a prateleira? Poupem-me!
Como podem ver, todos os vícios são rotinas e não passam disso, ninguém é viciado em nada. Apenas está habituado ao que faz e tudo começa a ser repetitivo, fazem um dia, depois outro dia ,e outro, ou seja, a rotina!
Mas agora respondam-me a esta pergunta se forem capazes, porque é que as pessoas entram nestas rotinas ou vícios, como lhe queiram chamar, se eles fazem tão mal à saúde e até à carteira!
- Liliana Araújo, nº20, 10º3
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Quando vejo um casal apaixonado beijando-se à beira-mar, uma criança brincando com os seus pais sob uma banda sonora de gargalhadas ou um jovem que só escreve o nome de alguém nos seus cadernos pergunto-me: Será isto o amor?
Será o amor assim tão forte como dizem, capaz de nos fazer cometer as maiores loucuras e de até salvar o coração de alguém?
Penso que o amor é um sentimento muito belo e poderoso. Aliás, tal é o seu poder, que se torna perigoso. O amor matou Romeu e Julieta, degolou Inês de Castro e amaldiçoou a vida do seu amado príncipe até ao dia em que este morreu. Estes amores foram imortalizados pela profundidade com que foram vividos e são famosos por serem amores proibidos. Também foi o amor que despertou Branca de Neve e Bela Adormecida dos seus sonos e foi o amor que fez a Aia suicidar-se para reencontrar o filho.
O que é o amor? Ninguém sabe ao certo o que é. Os poetas tentam incansavelmente descrever o amor e constroem histórias em volta deste, dizendo que “é fogo que arde sem se ver” ou que “quer suas aras banhar em sangue humano”.
Os mistérios em torno do amor são mil e um. Podemos pensar em roubar a vida a nós próprios, em encher um mar de lágrimas e desabar como uma ponte frágil, mas podemos, por outro lado, sonhar com mundos ideais, ter fantasias mais quentes do que o fogo, querer cantar tanto quanto a voz possa aguentar, dançar de forma apaixonante, sorrir luminosamente e beijar de forma envolvente.
E todos nós amamos, mesmo que seja sem o querermos.
Por tudo isto, o amor pode ter muitas definições. Cada um o olha e o vive de forma diferente.
Para mim, o amor é como uma rosa vermelha – tem de ser vermelha, pois é essa a cor da paixão -: É lindíssimo, impossível de não reparar nele, tão sedutor que só queremos tocar-lhe e tê-lo perto de nós, sendo perfeito aos nossos olhos. Porém, o amor tem muitos espinhos, onde nos picamos diversas vezes, e são esses espinhos que se reflectem nas lágrimas, no desgosto e no sofrimento que se revela infernal, ou seja, os espinhos representam tudo aquilo que nos provoca dor. No entanto, só nos apercebemos desses espinhos quando estamos tão mergulhados no amor que já não há salvação. Quando alguém ama demais, já não consegue livrar-se desse amor, pelo menos não tão facilmente.
Quem ama tem a sorte e o azar na mesma mão, pois amar é uma felicidade, mas também é uma grande tristeza.
Ninguém consegue viver sem amor, seja em que idade for. Existem muitas pessoas iguais, mas para nós, existe uma que é única. O destino ajuda-nos a encontrar essa pessoa, mas ele não pode trabalhar sozinho, ou seja, nós temos de ir em busca desse ser que se tornará tão especial para nós.
E será ao lado dessa pessoa que nós quereremos estar, dizer tudo o que nos perturba e partilhar os nossos desejos.
Mas o amor tem revelado o quão perigoso pode ser: No caso do amor na juventude, uma jovem estudante foi assassinada com um machado pelo seu namorado. Nos EUA, a violência entre casais de namorados aumentou para 600% em dois anos e isto devido a ciúmes, ao álcool e drogas e até mesmo devido a questões de temperamento por parte dos adolescentes do sexo masculino. Várias namoradas adolescentes são vítimas do amor, sofrendo violência física e psicológica, que até acaba muitas vezes em morte. Para acabar com o problema, têm surgido várias campanhas contra o “amor violento”, em que uma mão fechada aparece destacada como que preparada para esmurrar alguém, sob a legenda “Amor violento não é amor.”
Mas isto não sucede apenas com as adolescentes. Também na idade adulta várias mulheres têm sido vítimas do amor cruel, como em Fagilde, em que um homem de 22 anos assassinou a namorada.
Além de mortes, existem traições, que também magoam. Homens e mulheres tornam-se cada vez mais infiéis, o que resulta muitas vezes em divórcios.
A questão dos ciúmes revela-se constrangedora. Existem mulheres que em ataques de ciúmes chegam a cometer as maiores loucuras, embora também os homens se estejam a tornar mais ciumentos, provocando situações graves de conflito numa relação amorosa.
Porém, o se torna mais preocupante é a violência doméstica, em que as mulheres são os principais alvos. Com medo de perder os seus amados, estas mulheres escondem de todos que são vítimas desta violência, e esse medo de pedir ajuda leva-as ao sofrimento constante e a maioria delas acaba com um fim trágico.
São inúmeros os perigos do amor, que nem sempre é belo e nem sempre constrói finais felizes.
A verdade é que o amor pode ter todos os seus defeitos, contudo, se eu não amasse, creio com muita convicção que não seria feliz. Quem não ama, segundo o meu ponto de vista, não é feliz.
E penso que ninguém consegue resistir ao amor e todos nós queremos cair nessa doce tentação.
Destino
Por vezes ouço dizer "o destino é algo que não se pode mudar, por já estar traçado".Ouço-o várias vezes, sempre por diferentes pessoas sem qualquer ligação entre si, e mesmo assim... Nenhuma delas me faz acreditar minimamente nisso. Se podia acreditar? Sem dúvida que podia, podia acreditar nisso ao ponto de me servir de desculpa para tudo, porque nesse caso a culpa nunca mais seria minha, pois cada vez que me dissessem:" Pedro, não devias ter feito isso", a minha resposta seria sempre a mesma, seria "Não me culpes a mim, culpa o destino!"
O que seria de mim se tivesse acreditado nisso desde sempre? Lembro-me que, quando parti um jarro em casa, a minha mãe ficou possessa e, desde aí, não me lembro de ter partido mais nada (Talvez uns pratos ou uns copos, mas nada de muito valor). Se a minha mãe, em vez de me ralhar, me tivesse dito que tinha sido o destino, teria continuado a ser descuidado e aquele jarro teria certamente sido apenas um de muitos a cair.
A meu ver, é difícil que alguém acredite realmente nisso e penso que quem diz isso, di-lo quase como que por ironia.Quantos de nós fomos já confrontados com decisões que segundo os outros iriam definir o nosso destino?
Penso que tudo não passa de uma tremenda confusão porque o futuro não é algo planeada e muito menos traçado e irredutível.
De acordo com essa teoria, no caso de haver um assalto foi o destino que o decidiu? O destino do assaltante é assaltar e o da vítima é ser assaltada?
Dizem também que o que fazemos de mal hoje, pode confrontar-se connosco no futuro.
Se um assaltante após um assalto for atropelado e morrer, foi o destino que ele traçou. Mas... e se for uma mãe, dona de casa e com filhos por criar, a ser atropelada e morrer, terá sido esse o seu destino? Terão os seus filhos mudado o seu destino com a morte da mãe? Ou será que já estava tudo destinado?
No fundo quer-me parecer que o que se entende por destino é o mesmo que o que se entende por futuro, apenas com a diferença que o futuro se constrói e o destino não se muda.
Na minha opinião, não passa de uma invenção, mas o mundo é feito e opiniões e cabe a cada um viver com as suas...
- Pedro Sousa, 10º 2
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A mesma conversa todos os dias.
Os jovens estão cada vez mais víciados, e o pior é que não são bons vícios como ler um bom livro, conviver com os amigos, sair com eles ou, ver um bom filme em casa. Não, para os jovens de hoje é só playstations, videojogos, tudo o que não é bom,mas ainda há vícios piores, como o tabaco, o álcool e, por vezes, até mesmo as drogas.
Os jogos de computadores, playstations, televisões e todas as novas tecnologias só fazem mal à cabeça e à vista, então porque insistem em continuar? Porque não fazem algo mais interessante? Ler um bom livro é um bicho de sete cabeças? Eu não percebo, juro que não percebo! As pessoas mais idosas têm muitos menos problemas oculares com a idade do que os jovens.
Depois, temos ainda o tabaco. As pessoas fumam porquê?
que será que elas sentem ao fumar? será que dá prazer? É que só pode, porque como vejo mais gente no seu canto a fumar o seu cigarro, eu penso que já nem seja o prazer, mas sim a rotina. Ontem fumei um cigarro, então vou fumar hoje e amanhã e depois também, assim os outros vêem e pensam logo olha, aquela
fuma. Que adulta que é! E pronto! Não passa de uma rotina sem lógica, sem sentido.
Depois temos o álcool. Bebe-se porquê? Muitos dizem que é para esquecer os problemas,mas será que é mesmo? Vejo pessoas “podres de bêbedas”, se é que posso utilizar esta expressão. Elas bebem e voltam a beber, é sempre o último copo, mas a verdade é que a seguir ao último vem mais outro e outro e outro. Beber porquê? Se hoje estão bêbedos e, não se lembram dos problemas,
então amanhã, como será? Voltam os problemas, e ainda vem uma dor de cabeça que quase nem se aguentam de pé, faltam à escola, perdem matéria, tem “nega” no teste, ou seja, é só problemas,
na minha opinião não vale a pena beber, mais vale ver um bom filme de terror, com os amigos ou com a família.
Por fim temos o pior vício de todos, que são as drogas, muito pior que o álcool, e talvez até que o tabaco, por muito mal que esta faça. As drogas entram no organismo, só desaparecem por completo ao fim de um mês e meio, mais ou menos, e ainda por cima queimam alguns neurónios. Podem trazer problemas de saúde e trazem também a dependência, ou seja, fica-se completamente viciado. Tem-se dinheiro, compra-se droga. Ela acaba arranja-se mais dinheiro para poder comprar mais droga. Ela volta a acabar e o dinheiro também se acaba, então, rouba-se para se poder comprar o vício, e resumidamente é isto uma rotina sem lógica, sem nexo, que não te traz felicidade, só tristeza, porque perdes o teu dinheiro, o dinheiro dos outros e ainda te afastas das pessoas que mais gostam de ti e que te são mais queridas, por isso para quê tantos
problemas? Apenas para sentires prazer naquela altura? Não vale a pena
estragares a tua vida inteira por causa de um momento em que te sentes bem!
Agora não tão perigoso mas um vício que os muitos portugueses têm, esse vício é o café. Por incrível que pareça eu não vou falar de adultos víciados em cafeína, mas
sim de jovens,de adolescentes, que eu vejo todos os dias de manhã em vários cafés a beberem o seu cafezinho matinal. Conheço até pessoas que deixam de comer para o poderem fazer, um de manhã e depois dão a tal desculpa de que é só para acordar, à tarde voltam a beber café, agora já é porque lhes apetece, à noite bebem de novo e qual é a desculpa desta vez? Ah e tal, é para tirar o sabor do jantar,
então mas para que servem as escovas e pastas de dentes? Para enfeitar a prateleira? Poupem-me!
Como podem ver, todos os vícios são rotinas e não passam disso, ninguém é viciado em nada. Apenas está habituado ao que faz e tudo começa a ser repetitivo, fazem um dia, depois outro dia ,e outro, ou seja, a rotina!
Mas agora respondam-me a esta pergunta se forem capazes, porque é que as pessoas entram nestas rotinas ou vícios, como lhe queiram chamar, se eles fazem tão mal à saúde e até à carteira!
- Liliana Araújo, nº20, 10º3
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Amor, uma doce tentação
Quando vejo um casal apaixonado beijando-se à beira-mar, uma criança brincando com os seus pais sob uma banda sonora de gargalhadas ou um jovem que só escreve o nome de alguém nos seus cadernos pergunto-me: Será isto o amor?
Será o amor assim tão forte como dizem, capaz de nos fazer cometer as maiores loucuras e de até salvar o coração de alguém?
Penso que o amor é um sentimento muito belo e poderoso. Aliás, tal é o seu poder, que se torna perigoso. O amor matou Romeu e Julieta, degolou Inês de Castro e amaldiçoou a vida do seu amado príncipe até ao dia em que este morreu. Estes amores foram imortalizados pela profundidade com que foram vividos e são famosos por serem amores proibidos. Também foi o amor que despertou Branca de Neve e Bela Adormecida dos seus sonos e foi o amor que fez a Aia suicidar-se para reencontrar o filho.
O que é o amor? Ninguém sabe ao certo o que é. Os poetas tentam incansavelmente descrever o amor e constroem histórias em volta deste, dizendo que “é fogo que arde sem se ver” ou que “quer suas aras banhar em sangue humano”.
Os mistérios em torno do amor são mil e um. Podemos pensar em roubar a vida a nós próprios, em encher um mar de lágrimas e desabar como uma ponte frágil, mas podemos, por outro lado, sonhar com mundos ideais, ter fantasias mais quentes do que o fogo, querer cantar tanto quanto a voz possa aguentar, dançar de forma apaixonante, sorrir luminosamente e beijar de forma envolvente.
E todos nós amamos, mesmo que seja sem o querermos.
Por tudo isto, o amor pode ter muitas definições. Cada um o olha e o vive de forma diferente.
Para mim, o amor é como uma rosa vermelha – tem de ser vermelha, pois é essa a cor da paixão -: É lindíssimo, impossível de não reparar nele, tão sedutor que só queremos tocar-lhe e tê-lo perto de nós, sendo perfeito aos nossos olhos. Porém, o amor tem muitos espinhos, onde nos picamos diversas vezes, e são esses espinhos que se reflectem nas lágrimas, no desgosto e no sofrimento que se revela infernal, ou seja, os espinhos representam tudo aquilo que nos provoca dor. No entanto, só nos apercebemos desses espinhos quando estamos tão mergulhados no amor que já não há salvação. Quando alguém ama demais, já não consegue livrar-se desse amor, pelo menos não tão facilmente.
Quem ama tem a sorte e o azar na mesma mão, pois amar é uma felicidade, mas também é uma grande tristeza.
Ninguém consegue viver sem amor, seja em que idade for. Existem muitas pessoas iguais, mas para nós, existe uma que é única. O destino ajuda-nos a encontrar essa pessoa, mas ele não pode trabalhar sozinho, ou seja, nós temos de ir em busca desse ser que se tornará tão especial para nós.
E será ao lado dessa pessoa que nós quereremos estar, dizer tudo o que nos perturba e partilhar os nossos desejos.
Mas o amor tem revelado o quão perigoso pode ser: No caso do amor na juventude, uma jovem estudante foi assassinada com um machado pelo seu namorado. Nos EUA, a violência entre casais de namorados aumentou para 600% em dois anos e isto devido a ciúmes, ao álcool e drogas e até mesmo devido a questões de temperamento por parte dos adolescentes do sexo masculino. Várias namoradas adolescentes são vítimas do amor, sofrendo violência física e psicológica, que até acaba muitas vezes em morte. Para acabar com o problema, têm surgido várias campanhas contra o “amor violento”, em que uma mão fechada aparece destacada como que preparada para esmurrar alguém, sob a legenda “Amor violento não é amor.”
Mas isto não sucede apenas com as adolescentes. Também na idade adulta várias mulheres têm sido vítimas do amor cruel, como em Fagilde, em que um homem de 22 anos assassinou a namorada.
Além de mortes, existem traições, que também magoam. Homens e mulheres tornam-se cada vez mais infiéis, o que resulta muitas vezes em divórcios.
A questão dos ciúmes revela-se constrangedora. Existem mulheres que em ataques de ciúmes chegam a cometer as maiores loucuras, embora também os homens se estejam a tornar mais ciumentos, provocando situações graves de conflito numa relação amorosa.
Porém, o se torna mais preocupante é a violência doméstica, em que as mulheres são os principais alvos. Com medo de perder os seus amados, estas mulheres escondem de todos que são vítimas desta violência, e esse medo de pedir ajuda leva-as ao sofrimento constante e a maioria delas acaba com um fim trágico.
São inúmeros os perigos do amor, que nem sempre é belo e nem sempre constrói finais felizes.
A verdade é que o amor pode ter todos os seus defeitos, contudo, se eu não amasse, creio com muita convicção que não seria feliz. Quem não ama, segundo o meu ponto de vista, não é feliz.
E penso que ninguém consegue resistir ao amor e todos nós queremos cair nessa doce tentação.
- Beatriz Silva, nº 7, 10º 3